Cansadas de viverem sozinhas, de vez em quando as letras resolvem se misturar na cabeça de algumas pessoas e, juntas, formam palavras, que formam textos que, dependendo do momento e da imaginação de cada um, tornam-se contos, ensaios, críticas ou até mesmo incríveis historinhas infantis.
Daí, surgem misturas fantásticas para saciar a nossa fome de beleza e nos levar a um mundo encantado que só a nossa imaginação, unida à imaginação de quem escreve pode desvendar.

domingo, 3 de abril de 2011

TELEFONIA CELULAR: UMA RELAÇÃO DE AMOR E ÓDIO

Tenho telefone celular há tantos anos que não lembro exatamente quando compramos a nossa primeira linha. A linha foi comprada ainda à TELPE. E os aparelhos eram tão caros que o que compramos, era chamado de arma branca, de tão gigante. Mas, na verdade, se tem uma coisa que não me preocupa é estar antenada com os últimos modelos, só porque estão na moda. Sou antenada com as coisas que tornam a vida mais prática, mais confortável, mais leve. Se estão ou não na moda, isso é o que menos conta pra mim. Pois muito bem, por vários anos, esta era a linha da família. O celular ficava com quem fosse sair e precisasse se comunicar. Com o passar do tempo, tanto as linhas quanto os aparelhos foram barateando e hoje já super comum cada membro da família ter o seu próprio aparelho de celular. Por vezes, mais de um. E eu fiquei com a tal linha dos primórdios da telefonia celular em nosso estado. Lembro que ela era TDMA e passou a GSM, sem maiores delongas. Hoje, passados pelos menos entre treze e quinze anos, fui obrigada a cancelar esta histórica linha familiar, porque a operadora resolveu me cobrar um absurdo de conect fast web e se recusa a remover o valor. Alegam que rastrearam meu chip e confirmaram que eu usei a inetrnet pelo celular naquelas datas. E o que é pior, os horários de acesso ora são de madrugada, ora em horário de trabalho, quando estou ou dormindo ou conectada através de computador. Ganhei de presente de minha filha um celular para navegar na internet. Este aparelho só começou a funcionar no dia 24 de janeiro, depois de todos os ajustes necessários, já que veio do exterior. No mesmo dia fiz um plano de acesso a web. Entretanto, como me deram um prazo de 48 horas para acesso, só comecei a acessar a internet através do aparelho lá pelo dia 27 de janeiro. Pois imaginem vocês que na conta de fevereiro veio cobrando, além do proporcional do plano de acesso a web, conexões a partir do dia 07 de janeiro, quando sequer passava pela minha cabeça entrar na internet pelo celular. Até ganhar este novo aparelho, a última vez que usei internet no celular foi há pelo menos uns cinco ou seis anos, para baixar toques. Com a chegada dos aparelhos com cabo de dados e/ou cartão e a minha descoberta do audacity, passei a editar meus próprios toques e aboli o uso de internet no celular. Além de me cobrar acessos antes de eu ter um telefone adequado para isso, continuaram cobrando mesmo no período em que eu já havia contratado o plano de acesso a web. E, com certeza, não eram acessos meus porque entre meia noite e cinco horas da manhã tenho o estranho hábito de estar dormindo. Reclamei, expliquei, me disseram que aguardasse que em cinco dias entrariam em contato comigo. Alguém ligou, disse que constataram o erro e que em breve eu receberia uma nova conta. Nunca recebi. Até que chegou outra conta, com vencimento para março. E que veio, novamente, cobrando acessos à internet. Liguei de novo, desta vez, na hora, reconheceram o erro e me enviaram uma conta certa, sem o valor das conexões. Procurei saber da conta anterior, disseram que já haviam passado as informações para minha filha. O que não aconteceu. No dia seguinte, a linha foi bloqueada. Finalmente consegui saber que o valor havia sido confirmado e que eu teria que pagar a conta em sua totalidade. O que, na prática era três vezes o que eu realmente devia. Bem, resolvi entrar com uma queixa na Anatel. Enquanto isso ou eu pagava a conta ou a linha continuava bloqueada. Resolvi cancelar o plano e transformar em pré-pago para não ficar pagando por um serviço que não poderia usar. Não pude. Então vou fazer a portabilidade para outra operadora. Não poderia. A não ser que pagasse a conta. A única opção que me deram para eu não continuar pagando o plano era cancelar a linha. Cancelei. Perdi um número que usava há quase 15 anos, inclusive para contatos profissionais. E acreditem, ninguém da operadora ligou para oferecer alguma alternativa. Vocês já devem saber de qual operadora estou falando. É da TIM, lógico. Agora vou dar entrada na reclamação na Anatel. Mas confesso que não estou lá muito esperançosa não. É a palavra deles contra a minha. Eu não tenho como provar que não fiz os acessos porque não tinha um aparelho de celular que faça um relatório de minhas atividades. Agora, da segunda conta eles abateram na mesma hora. E da primeira, que o valor é quatro vezes maior, se recusam. Se recusam, inclusive de retirar os acesso cobrados no período em que eu já havia feito o plano de acesso. Bem, é isso. A gente não corre perigo de ser assaltado pelos marginais nas ruas não. A gente pode ser assaltado de maneira cínica, por empresas como a TIM e mesmo as outras, que nos cobram por serviços que não usamos e não temos como provar. Só me resta agora esperar que a justiça seja feita. Agora, se demorar muito a resolver, logo logo vou receber uma correspondência da SERASA dando um prazo pra pagar a conta. Mas aí, o bicho vai pegar.

Um comentário:

  1. Rejane, tem que brigar muito, tem que gritar, tem que ir na justiça, ANATEL, etc. Infelizmente, nada disso vai adiantar muito e tudo continuará a acontecer. Infelizmente.

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