Cansadas de viverem sozinhas, de vez em quando as letras resolvem se misturar na cabeça de algumas pessoas e, juntas, formam palavras, que formam textos que, dependendo do momento e da imaginação de cada um, tornam-se contos, ensaios, críticas ou até mesmo incríveis historinhas infantis.
Daí, surgem misturas fantásticas para saciar a nossa fome de beleza e nos levar a um mundo encantado que só a nossa imaginação, unida à imaginação de quem escreve pode desvendar.

terça-feira, 12 de abril de 2011

O BRASIL MUDA SE A GENTE MUDAR

Vivemos em um país, que como qualquer outra, tem sua cultura própria, fruto de uma mistura de cores e raças, que o tornam bastante diversificado. Somos um povo tão misturado, que, em algumas regiões, como o nordeste, por exemplo, não tem como a gente se definir de uma raça ou de uma cor específica. Por mais branca que seja a pela, por mais claros que sejam olhos e cabelos, se tiver aquela meia-lua nas unhas, não tem jeito: graças a Deus, todos nós temos sangue índio, negro e europeu nas veias. E esta mistura de raças nos deu a oportunidade de irmos formando os nossos próprios costumes, hábitos, modos de encarar a vida. E, entre estas características está uma que vem atrapalhando a nossa vida, faz tempo. É aquela mania que brasileiro tem de não lutar por seus direitos. É aquela história que a gente ouve desde pequeno; deixa pra lá, não tem dinheiro que pague a contrariedade e a perda de tempo colocando na justiça. A conta do cartão veio a mais? A do telefone está cobrando ligações que você não fez? Se falarmos em reclamar, logo ouvimos toda esta ladainha. Mas, aos 14 anos de idade, em plena ditadura militar, descobri que somos cidadãos e que temos que lutar por nossos direitos. E cresci reivindicando cada direito negado, cada espaço invadido pela leviandade alheia. É preciso paciência? A gente cultiva. É preciso saber argumentar? A gente aprende. É preciso saber brigar? Ah, isso eu já nasci sabendo. Ao longo da minha vida já tive substituídos pelos fabricantes gravador de CD, aparelho de som, TV, vídeo-cassete e até caixa de sorvete. É isso mesmo. Isso há uns vinte e oito anos atrás, morando em Natal. O supermercado desligava os refrigeradores á noite, para economizar energia e daí estragava as coisas. Engraçado como as pessoas se envergonham de reclamar seus direitos. Mas, as brigas batem recordes quando se trata de telefonia, móvel ou fixa. Como escrevi na semana passada, a TIM aprontou mais uma comigo. Mas o final foi feliz e eu quero colocar pra vocês a prática da minha teoria, a de que vale a pena brigar com as empresas que nos lesam. Como a TIM se recusou a aceitar a minha reclamação, mantendo o valor absurdo que estava me cobrando, recorri a ANATEL – Agência nacional de Telecomunicações. Gente, FUNCIONA! Dei entrada na reclamação na segunda-feira, 04 de abril. Não demorei nem cinco minutos para ser super bem atendida por uma funcionária solícita e eficiente. Recebi até uma correspondência informando que a TIM já havia sido notificada e que eu aguardasse o contato em até cinco dias. Caso contrário, entrasse novamente em contato. Exatos cinco dias depois, me ligaram da TIM, sempre com aquele ar de superioridade, de que estão absolutamente certos e que eu teria que pagar o valor total da conta. Pedi licença à pessoa que me ligou para explicar mais uma vez a situação. Depois falei que não iria, de forma alguma, pagar o que não devia, só porque eles não se davam ao trabalho de reconhecer o erro deles. Falei que tudo bem, que iria retornar a ANATEL e que depois seguiria os trâmites cabíveis, fosse PROCOM ou pequenas causas. Daí a moça falou que depois de ouvir a minha argumentação, a “TIM” resolveu retirar o que eu estava reclamando e que iriam enviar uma nova conta com o valor que eu reconhecia. Acreditam nisto? Já recebi, via e-mail e já paguei, uma conta no valor de R$ 77,87 reais, em lugar do R$218,00 que estavam cobrando. A ANATEL funciona! Isso não é um alento para nossa paciência cansada de tanto se aborrecer com essas operadoras de telefonia? E só perdi mesmo a linha do celular porque não quero mais aquele número mesmo. Virei a página! Mas se quisesse, poderia requerer a linha de volta. Mas prefiro um número novo mesmo. Pra não ficar nenhuma lembrança de todas as raivas que a TIM já me fez. Então, destas minhas experiências eu tirei a lição de que, se a gente quiser, as coisas funcionam. Só precisamos exigir nossos direitos, cobrar dos órgãos competentes que cumpram a sua função. Reclamem, briguem por seus direitos. Não se importem em perder um pouco de tempo.. Acreditem, para todas as outras coisas pode até existir mastercard, mas para receber a conta com o valor correto, depois de um mês e meio reclamando e ver uma empresa como a TIM reconhecer seu erro, não tem mesmo preço.

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