Cansadas de viverem sozinhas, de vez em quando as letras resolvem se misturar na cabeça de algumas pessoas e, juntas, formam palavras, que formam textos que, dependendo do momento e da imaginação de cada um, tornam-se contos, ensaios, críticas ou até mesmo incríveis historinhas infantis.
Daí, surgem misturas fantásticas para saciar a nossa fome de beleza e nos levar a um mundo encantado que só a nossa imaginação, unida à imaginação de quem escreve pode desvendar.

domingo, 25 de setembro de 2011

DIA DO CLIENTE

No dia 15 de setembro, é comemorado o DIA DO CLIENTE, concebido, segundo os fornecedores de uma maneira geral, para que mostrem ao cliente o quanto eles são importantes para eles. Um dia, por exemplo, para distribuição de brindes, promoções, campanhas publicitárias, campanhas de vendas decorações especiais, anúncios e eventos e tudo mais que puder ser feito para reverenciar a figura do Cliente.
É claro que não tenho nada contra esta comemoração. Afinal, nós, os clientes, somos a razão de ser de qualquer tipo de serviço: do financeiro ao comercial, do setor de saúde ao industrial. Sem esquecer dos serviços de reparos e manutenção.

Penso que um dia dedicado a nós, os clientes ou consumidores, poderia nos oferecer um pouco mais. Por exemplo, poderia nos oferecer um maior esclarecimento na venda de alguns produtos, o fim da chamada propaganda enganosa ou um atendimento mais adequado, quando ligamos para algum tipo de suporte.

Navegando na internet, no Dia do Cliente, li uma matéria muito interessante no portal da UOL: “dez produtos que você deve parar de comprar”. Ela fala sobre aqueles produtos que adquirimos porque nos prometem algo a mais, uma proteção mais duradoura ou maior segurança. É o caso, por exemplo, do filtro solar com fator acima de 30. O FPS 15 bloqueia até 96% dos raios ultravioleta e o de 30, até 98%. Os produtos com FPS mais alto são mais caros, mas oferecem proteção, no máximo, de 99%. Desta forma, pagamos mais caro por 1% a mais de proteção que, convenhamos, não fará nenhuma diferença, a não ser pesar mais em nosso bolso.

A matéria fala de outros produtos que adquirimos pagando mais caro e que, no final, não compensa o valor pago a mais, como garantias estendidas que, além de terem o uso baixíssimo, quando acionadas estão recheadas de restrições. Ou então o tal do seguro do cartão de crédito. É verdade que R$3,00 ou R$ 4,00 por mês pode não ser grande coisa, mas, é um gasto desnecessário uma vez, pagando seguro ou não, ao termos o nosso cartão roubado, se ligarmos para operadora e bloquearmos, a partir de então, não temos mais responsabilidade pelas compras que sejam efetuadas.

Outro engodo que deve ser evitado é a compra de produtos piratas. Além de ser uma prática ilegal, a economia que se pensa estar fazendo ao comprar estes produtos, também não compensa. Para começar, sendo de qualidade é inferior, obviamente irá durar bem menos do que o produto original. Mas existe algo ainda mais grave que são os riscos à saúde que podem oferecer, como é o caso dos sapatos tênis, que causam danos aos pés, dos óculos que prejudicam a retina, das baterias de celular que podem explodir e causar queimaduras ou dos brinquedos que, ao se quebrar, podem se transformar em peças pontiagudas, ferindo as crianças.

As operadoras de telefonia celular, por exemplo, podiam ter mais atenção com seus clientes, não os deixando esperar uma infinidade de tempo para ser atendido, passando de um para outro atendente como se fosse uma brincadeira de mau gosto.

Portanto no dia dedicado ao Cliente, vamos aceitar as homenagens nos oferecidas mas, também, vamos pensar um pouco mais na hora de exercemos esta função, preservando não apenas o nosso bolos mas, algo mais importante, a nossa saúde.

domingo, 4 de setembro de 2011

GENTILEZA GERA GENTILEZA


Eu sei que vocês podem pensar que eu estou escrevendo sobre temas que já falei antes. E é isso exatamente. Volto a falar de gentileza porque não me conformo que as pessoas não deem a isso a importância devida.
E volto ao assunto por causa de um e-mail que recebi de umas de minhas filhas na semana passada, falando contando uma história real sobre um fato acontecido em um frigorífico da Noruega.
O título é: Salvo pela gentileza, e abaixo reproduzo o texto que, infelizmente, não sei a autoria.
“Conta-se uma história de um empregado em um frigorífico da Noruega.
Certo dia ao término do trabalho foi inspecionar a câmara frigorífica. Inexplicavelmente, a porta se fechou e ele ficou preso dentro da câmara. Bateu na porta com força, gritou por socorro, mas ninguém o ouviu, todos já haviam saído para suas casas e era impossível que alguém pudesse escutá-lo.
Já estava quase cinco horas preso, debilitado com a temperatura insuportável.
De repente a porta se abriu e o vigia entrou na câmara e o resgatou com vida.
Depois de salvar a vida do homem, perguntaram ao vigia:
Porque foi abrir a porta da câmara se isto não fazia parte da sua rotina de trabalho?
Ele explicou:
Trabalho nesta empresa há 35 anos, centenas de empregados entram e saem aqui todos os dias e ele é o único que me cumprimenta ao chegar pela manhã e se despede de mim ao sair.
Hoje pela manhã disse “Bom dia” quando chegou.
Entretanto não se despediu de mim na hora da saída. Imaginei que poderia ter-lhe acontecido algo. Por isto o procurei e o encontrei...”
Fiquei encantada com a história, pois defendo com ardor a teoria de que devemos sempre procurar transformar os lugares em que vivemos em ambientes alegres e fraternos.
Não suporto a ideia de um dia acordar para trabalhar e isso me angustiar e entristecer.
Eu sei que nem todo mundo tem o privilégio de trabalhar fazendo o que gosta. Mas já imaginou o que é fazer algo que não goste e ainda conviver em ambiente de trabalho hostil?
Dar bom dia, dar até logo, agradecer, dar um sorriso, são coisas simples e não custa um centavo. Mas o bem que fazem, igual àquele cartão, não tem preço.
Diz uma música que cantávamos no Encontro de Jovens com Cristo do Colégio Salesiano, nos anos 70, para acordar a turma de manhã cedinho, que diz: “saber dar um bom dia cheio de bondade, dizer bom dia com sinceridade, é dar sempre melhor, do nosso coração, alô, bom dia irmão”.
Porque a gentileza deve vir do coração, caso contrário, faz mais mal do que bem.
E a gentileza não se resume ao cumprimento ou agradecimento. Ser gentil é ser humilde e ouvir quando alguém se prontifica a nos informar ou ensinar alguma coisa. Sou muito ligada à música de uma maneira geral e gosto de citar trechos que traduzam meu pensamento. Por isso, lembro sempre de Gonzaguinha quando ele canta: Viver! E não ter a vergonha De ser feliz, Cantar e cantar e cantar, A beleza de ser Um eterno aprendiz...”
Somos todos aprendizes nesta vida. Ninguém é tão sábio que não possa aprender alguma coisa. O aprendizado não é uma troca? Porque quem ensina sempre aprende algo, não tenho a menor dúvida.
Então vamos combinar o seguinte: vamos dar uma revisada em nossa atitude em relação à vida? Será que estamos dando bom dia com alegria, dando o melhor de nosso coração? Estamos tendo a humildade de, mesmo quando nos colocamos no lugar de mestres, aprender com os discípulos ou, simplesmente, com quem está do nosso lado?
Será que estamos realmente convencidos de que a gentileza gera gentileza?
Como? Você já sabia disso? Então o que está esperando pra transformar a teoria em prática? Se pratica, parabéns! Com certeza, quando espelhamos gentileza, os lugares por onde passarmos vão se tornar bem melhores.
Pense nisso!