Cansadas de viverem sozinhas, de vez em quando as letras resolvem se misturar na cabeça de algumas pessoas e, juntas, formam palavras, que formam textos que, dependendo do momento e da imaginação de cada um, tornam-se contos, ensaios, críticas ou até mesmo incríveis historinhas infantis.
Daí, surgem misturas fantásticas para saciar a nossa fome de beleza e nos levar a um mundo encantado que só a nossa imaginação, unida à imaginação de quem escreve pode desvendar.

sábado, 19 de fevereiro de 2011

QUANDO OS SONHOS NOS INSPIRAM

Ao ler o texto de Frei Betto postado hoje no blog do Jornal O Porta-Voz, OS SONHOS DE KLEPLER, senti uma identificação enorme com o que ele escreveu sobre o ritmo de vida no século XXI.

Identificação em relação ao sentimento dele de que vivemos uma realidade cruel e controversa. Afinal, o homem desenvolveu tanto a tecnologia e, mesmo assim, continua sempre com pressa.

Sinceramente, sinto um certa “santa” inveja de pessoas que moram em cidades pequenas, que percorrem as ruas da cidade a pé, sem pressa, cumprimentando todos no caminho.

Às vezes me imagino assim: morando em uma pequena cidade do interior, mas não muito longe de uma cidade grande, onde pudesse fazer as compras necessárias para uma vida prática e tranqüila.

É claro que jamais abriria mão da internet, do computador e do celular, pois estar conectada com o mundo é, para mim, um dos privilégios de se viver na era da tecnologia.

Será que é sonhar alto demais viver com tranqüilidade sem abrir mão da informática e suas delícias? Creio que não.

Por que então não poder viver assim, numa cidade tranqüila, onde as pessoas se respeitem, não usem sons altos, não se xinguem no trânsito, não se estranhem nas filas?

Nesta minha, digamos, utopia, não haveria engarrafamentos. Porque só usaríamos carro para ir a outras cidades. Os percursos internos, seriam feitos a pé ou talvez de bicicleta.

Poderíamos deixar sempre as janelas abertas, porque ninguém invadiria a casa de ninguém. Minha casa teria um pequeno jardim, cheio de flores coloridas e um pequeno quintal, onde, embaixo de alguma mangueira (espada é claro) bem frondosa, estariam espreguiçadeiras nos esperando para lermos algum livro ou apenas conversarmos e curtimos a brisa fresca da tarde.

A TV a cabo e a internet nos ligariam ao restante do mundo e, as agruras de uma cidade grande seria para nós apenas notícias.

Como me identifico com os sonhos de Kepler, descritos por frei Betto em seu texto: “a vida campestre, a roda de amigos, o coro de anjos numa igreja e a melodia das estrelas”. Ao sonho dele acrescentaria o aconchego da família. Porque sem ele, nada vale a pena.

Poderia haver uma vida mais feliz? Uma simpática cidade, a família junto da gente, amigos daqueles companheiros de todas as horas, o coro dos anjos e a melodia das estrelas. Quem precisa mais do que isso para viver?

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