Esta frase, gravada em minha memória há trinat e oito anos, foi dita no filme “LOST HORIZON - SHANGRILA” ou Horizonte Perdido, por um personagem chamado Richard Conway. Um belo filme, sem dúvida nenhuma, que assisti com os meus amigos, a minha turma, na década de 70, quando a única certeza que tínhamos era que iríamos mudar o mundo.
O tempo passou, um bocado, diga-se de passagem, mas eu nunca desisti de mudar o mundo. Sabe aquela chama que fica acesa para sempre? Ao contrário de Cazuza e sua “ideologia” , onde ele diz que “aquele garoto que ia mudar o mundo frequenta agora as festas do "Grand Monde"... cheguei à maturidade ainda com aquela vontade de querer sempre mudar o que não está certo.
Muitos dos amigos daquela época não encontro mais. Um ou outro acho nas mídias sociais da internete. Sobraram alguns, com as quais ainda tenho a alegria de conviver.
Muitos dos amigos daquela época não encontro mais. Um ou outro acho nas mídias sociais da internete. Sobraram alguns, com as quais ainda tenho a alegria de conviver.
Estes são aqueles que uma vez li em um cartão das paulinas “os irmãos que o coração escolheu”. Aqueles com os quais pensamos em voz volta, rimos, choramos, brigamos e fazemos as pazes. Eles estavam comigo naquela sessão de cinema de onde, emocionados, saímos leves, sentido o corpo e a alma flutuando.
Juntos batalhamos para mudar o mundo. Ou, pelo menos, para tornar o nosso país melhor. E ontem, comendo pizza, conversando sobre os velhos tempos, emocionados chegamos à conclusão que o Brasil está melhor. Bem melhor do que quando nos conhecemos, no comecinho dos anos 70. E nós ajudamos isso a acontecer, sonhando e indo em busca de nosso sonho. Acreditando que um novo Brasil era possível e lutando por isso. Lembramos dos amigos que se foram, dos ícones que admirávamos e da nossa vontade de transformar o que não concordávamos.
Ainda esta semana estava ouvindo Ivan Lins cantar “MEU PAÍS... onde ela fala:
“Aqui é o meu paísNos seios da minha amadaNos olhos da perdizNa lua na invernadaNas trilhas, estradas e veias que vãoDo céu ao coraçãoAqui é o meu paísDe botas, cavalos, estóriasDe yaras e sacisViolas cantando glóriasVitórias, ponteios e desafiosNo peito do BrasilMe diz, me dizComo ser feliz em outro lugarAqui é o meu paísDos sonhos sem cabimentoAqui sou um passarimQue as penas estão por dentroPor isso aprendi a cantar,Voar, voar, voar "
O Brasil não é nenhuma Sangrila, nem está perto de ser um paraíso. Mas, como Ivan Linz finaliza sua música, eu pergunto: “Me diz, me diz Como ser feliz em outro lugar”?
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